Esse é um questionamento frequente para todos. É necessário lembrar que, por ser uma doença nova, estudos são realizados diariamente para sanar nossas dúvidas e entendermos como o vírus se comporta em nosso organismo.


É possível ficar imune ao Coronavírus?

Ainda não há evidências científicas que comprovem a imunidade adquirida após a infecção do Coronavírus.

Uma pesquisa realizada por estudantes da Universidade de Hong Kong e publicada no MedRxiv avaliou os perfis de anticorpos para 15 antígenos do SARS-CoV-2. O resultado detectou que 15 pessoas com COVID-19 tinham mais anticorpos contra 11 proteínas virais do que pessoas saudáveis antes da pandemia.

Os testes de anticorpos contra três proteínas foram capazes de distinguir as pessoas infectadas das saudáveis. O desenvolvimento de vacinas e testes de diagnóstico se concentrou em uma proteína chamada Spike, porém os resultados da pesquisa sugerem que outras proteínas também são importantes para determinar a imunidade contra o vírus.

Alguns países, como a Alemanha, cogitaram a criação de "passaportes de imunidade". O objetivo é que esse passaporte ateste que você já teve a COVID-19 e não poderá espalhar ou contrair a doença novamente, evitando restrições no dia a dia da pessoa como, viajar, trabalhar e etc. Porém, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já descartou essa possibilidade por falta de embasamento científico.

Nesse momento também é importante mantermos nossa imunidade em dia. Algumas práticas podem ser essenciais para nos ajudar no combate ao vírus.

Uma pessoa pode pegar a COVID-19 duas vezes?

Já foram relatados alguns casos de reinfecção da doença por autoridades da China e do Japão.

Médicos e cientistas estão em busca de compreender melhor sobre como o vírus afeta a nossa imunidade, já que por ser uma doença relativamente nova, descobrimos a cada dia novas características.

O infectologista Edimilson Migowski, professor da UFRJ, explica que existem relatos de reinfecção, mas é improvável que guarde a mesma gravidade da primeira, geralmente é de menor impacto, afinal, o paciente já teve anticorpos. Mesmo que seja possível, essa reinfecção teria ainda pouca ou nenhuma relevância para a saúde pública.

Qual a relação do anticorpos e a imunidade do Coronavírus?

O teste sorológico é importante para o diagnóstico da infecção, determinar as taxas de ataque e se o organismo desenvolveu anticorpos para o novo Coronavírus.

A memória imunológica ocorre após um contato prévio com o antígeno. As chamadas células T e B são responsáveis por essa memória mais duradoura e são capazes de identificar e destruir células infectadas. Testes sobre como se comportam essas células, após a infecção do Coronavírus, estão sendo estudados diariamente.

Mesmo que vários testes sorológicos estejam em uso, melhorar sua especificidade e sensibilidade para o diagnóstico precoce e detectar infecções passadas em estudos populacionais, são prioridades para o momento.

Como distinguir nova contaminação por Coronavírus ou se ainda estou em recuperação da COVID-19?

O recomendado para saber se ainda está em recuperação da COVID-19 ou se está contaminado novamente, é repetir o exame após 7 dias e verificar se houve mudanças no resultado e identificar o surgimento de anticorpos, que podem confirmar uma infecção ativa. O médico especialista é responsável por auxiliar nesse diagnóstico.

Muitas pessoas podem desenvolver os primeiros sintomas de Coronavírus, que podem incluir febre, tosse seca, dor de garganta, entre outros, porém a maioria dos casos são assintomáticos. Respeitar o isolamento social, mesmo depois de curado, é essencial para evitar a propagação do vírus e uma possível nova contaminação.