Existem diferentes exames laboratoriais indicados para investigação da infecção pelo SARS-CoV-2 (novo coronavírus). Os exames abaixo estão disponíveis em nossos laboratórios, e o exame indicado para cada caso depende principalmente da fase da doença.
RT-PCR para SARS-CoV-2 em swab combinado de naso/orofaringe ou nasofaringe: é um teste molecular, ou seja, baseado na pesquisa do material genético do vírus (RNA) em amostras coletadas por swab da nasofaringe e orofaringe. É considerado o exame laboratorial padrão-ouro para diagnóstico da infecção. Ele pode ser encontrado nas versões convencional (prazo de realização de pelo menos 24h) e na versão POCT (point of care testing, com prazo de realização de poucas horas).
RT-LAMP para SARS-CoV-2: é outro teste molecular, ou seja, que pesquisa o RNA do vírus, mas este por amplificação isotérmica. A coleta também é realizada por swab de nasofaringe e sua sensibilidade é ligeiramente inferior ao RT-PCR de nasofaringe (variável entre 76-97%, sendo mais elevada nos dias iniciais dos sintomas). A principal vantagem é a rapidez do resultado, sendo o método atual de análise mais rápida.
RT-PCR para SARS-CoV-2 em saliva: é o teste de RT-PCR, porém em amostra de saliva. Sua principal vantagem é a facilidade da coleta, o que permite sua realização de maneira recorrente ou por pessoas com restrição para coleta de nasofaringe. Sua sensibilidade é um pouco inferior ao RT-PCR de nasofaringe: a sensibilidade geral é de 78%, variando nos 7 primeiros dias de sintomas entre 84-92% em comparação com o RT-PCR de nasofaringe.
Pesquisa do Antígeno de SARS-CoV-2: é um teste imunológico baseado no reconhecimento do antígeno (uma parte da estrutura do vírus) em amostras coletadas por swab de nasofaringe. Sua principal vantagem é apresentar resultados rapidamente, por um custo mais baixo. Sua sensibilidade é inferior ao RT-PCR de nasofaringe com sensibilidade geral variando entre 74-85%. Se utilizada na primeira semana de sintomas (idealmente primeiros dias), a sensibilidade alcança 90%, comparada ao RT-PCR de nasofaringe.
São ensaios imunológicos, realizados em amostras de sangue, que pesquisam a presença de anticorpos produzidos contra o vírus. Em geral, os anticorpos iniciam sua produção a partir do 7º dia de doença e tornam-se detectáveis, na maioria dos indivíduos, a partir do 14º dia de doença. Portanto, é indicado para diagnosticar DOENÇA PRÉVIA ou saber se HOUVE CONTATO PRÉVIO com o vírus. Um resultado negativo não exclui a possibilidade de doença. Existem diversas modalidades de sorologias disponíveis atualmente. Entenda melhor sobre elas na tabela abaixo.
As sorologias para COVID-19 são testes que detectam no sangue do indivíduo a presença de anticorpos da classe IgM, IgA ou IgG contra proteínas do vírus SARS-CoV-2. A presença de anticorpos não significa proteção contra infecção ou doença, apenas evidência de exposição ao SARS-CoV-2 por infecção natural ou pós-vacina, ou ainda exposição a outros coronavírus.
Anticorpos neutralizantes são anticorpos que inibem a ação do vírus por impedirem a sua entrada no organismo, evitando, assim, a replicação viral e o adoecimento.
A sorologia de anticorpos neutralizantes verifica a presença de anticorpos com capacidade de neutralização do SARS-CoV-2. Esta sorologia é desenhada para detectar anticorpos com capacidade de bloquear a ligação do vírus no receptor da célula humana, portanto impedindo sua entrada na célula.
A produção desse tipo de anticorpos pode ocorrer após infecção natural pelo SARS-CoV-2 ou após a vacinação contra COVID-19.
A produção de anticorpos ocorre como resposta à presença de algum agente agressor, como um vírus. Diversos componentes virais podem estimular a resposta imunológica, levando ao desenvolvimento de anticorpos.
A simples detecção de um tipo de anticorpo não significa afirmar sua funcionalidade, ou seja, sua capacidade de neutralização do agente viral.
As sorologias inicialmente disponíveis detectam a presença de anticorpos contra diversos componentes do vírus, mas não verificam a sua capacidade de neutralização viral. Essa é a diferença essencial entre os testes inicialmente disponíveis e o teste de anticorpos neutralizantes.
O resultado é expresso como reagente (foram detectados anticorpos neutralizantes) ou não reagente (não foram detectados anticorpos neutralizantes). O resultado reagente vem acompanhado de um resultado numérico em %. Acima de 20%, o teste é considerado positivo.
Entretanto, até o momento, não existe definição da quantidade de anticorpos neutralizantes necessária para proteção imunológica contra a infecção pelo SARS-CoV-2, contra formas graves da doença, nem contra as novas variantes circulantes.
No momento, não existe a indicação de fazer nenhum tipo de sorologia depois da vacinação. No momento, os argumentos que embasam essa resposta são:
Esse conhecimento é bastante dinâmico e está sendo construído com as diversas pesquisas em curso. Haverá, certamente, contínuas atualizações ao tema.
Apesar da sorologia de anticorpos neutralizantes ter resultados muito mais correlacionados com o ensaio de neutralização em placa (ensaio padrão ouro para determinar a capacidade de neutralizar o vírus), ainda não temos trabalhos que demonstrem na prática qual é o nível de proteção dos anticorpos neutralizantes e nem por quanto tempo essa proteção dura. Também não é definido ainda se esses anticorpos são capazes de evitar a infecção e o risco de transmissão do vírus e/ou proteger de desenvolver a doença. Portanto, mesmo com resultado positivo, devem ser seguidas todas as orientações dos órgãos de saúde sobre distanciamento social, uso de máscaras e higienização das mãos, enquanto surgem novas evidências e recomendações.
O Brasil tem hoje duas vacinas disponíveis para COVID: a Coronavac/ Butantan e a Vacina Oxford/ Fiocruz. Essas vacinas tem composições distintas, e por isso induzem a produção de anticorpos direcionados contra diferentes partes do vírus.
Dessa forma, quando a intenção é avaliar a produção de anticorpos pós-vacina, mesmo levando-se em consideração todas as limitações da interpretação desses resultados, é importante observar o tipo de teste de anticorpos (sorologia) que pode ser solicitado para avaliar cada vacina.
Assim temos:
vacina de vírus inativado. Como se trata de vírus inteiro, pode estimular a produção de anticorpos direcionados tanto a proteínas Spike como do Nucleocapsídeo do vírus, podendo ser identificados pelos seguintes testes sorológicos disponíveis no momento:
vacina recombinante baseada em vetor viral não replicativo contendo informação genética da proteína Spike do vírus, podendo ser detectado através dos seguintes testes disponíveis no momento:
Antes de oferecer um exame diagnóstico aos pacientes, a Dasa realiza extenso processo de validação técnica planejada pela área de qualidade integrada em conjunto com o time médico para avaliar a capacidade do teste na identificação dos infectados e não infectados. Os testes são realizados a partir de protocolos de validação recomendados internacionalmente e verificam em amostras clínicas, o desempenho do exame de acordo com a fase da doença.
A cobertura é obrigatória quando o paciente se enquadrar na definição de caso suspeito ou provável de doença pelo Coronavírus 2019 (COVID-19) definido pelo Ministério da Saúde. (https://www.ans.gov.br/aans/noticias-ans/coronavirus-covid-19/coronavirus-todas-as-noticias/5405-ans-inclui-exame-para-deteccao-de-coronavirus-no-rol-de-procedimentos-obrigatorios).
Os testes de sorologia Anticorpos Totais para COVID-19 OU IgG para COVID-19 serão autorizados, mediante solicitação do médico assistente, quando preenchido um dos critérios do Grupo I e nenhum dos critérios do Grupo II destacados a seguir.
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