Em parceria com a E1 Energias Renováveis, a Dasa já tem em funcionamento a primeira usina fotovoltaica, instalada no Ceará. Outras 16 já estão planejadas e serão entregues até 2023.

Como forma de colaborar para o enfrentamento do aquecimento global e de reduzir os impactos na natureza causados pelas emissões de gases de efeito estufa, a primeira usina solar da Dasa entrou em funcionamento em fevereiro de 2022, gerando energia de fonte renovável e de forma sustentável.

Localizada em Amontada, no Ceará, a usina capta a luz solar e transforma em energia elétrica, com potência instalada de 388,6 KWp e capacidade de geração de energia de até 51,59 MWh/mês — atualmente, suficiente para abastecer 12 das 16 unidades da empresa na capital cearense aptas para o projeto de geração distribuída. Em um ano, serão 619,08 MWh de geração de energia.

“As unidades da Dasa que irão receber esse tipo de energia não precisam estar no mesmo local da usina, pois nossas estações de geração de energia são da modalidade autoconsumo remoto, nos permitindo instalar o sistema em um local e utilizar os créditos de energia em outro, basta apenas estar na mesma área de concessão da distribuidora”, afirma Vinícius Espíndula, Supervisor de Projetos de Eficiência Energética da Dasa.

A Dasa tem o planejamento de ativar outras 16 usinas do mesmo tipo. Em São Paulo, por exemplo, a construção da usina na cidade de Pirapora do Bom Jesus está em andamento. Quando concluída, a companhia prevê um total de 92% de energia renovável em operações da empresa nas 385 unidades consumidoras, desconsiderando os hospitais — números que podem mudar de acordo com as aquisições de novas unidades pela companhia.

“O início da operação de nossa primeira usina, é uma mudança de mentalidade. Além de uma contribuição para o planeta e para a sociedade, é também um impacto positivo para as marcas da empresa. Todos devemos estar mais preocupados em consumir fontes energéticas mais limpas e sustentáveis. A sustentabilidade vai se tornar cada vez mais atrativa e rentável”, explica Vinícius.

Estabilidade para compensar energia

A construção de usinas fotovoltaicas tem papel fundamental na descentralização e na democratização da energia elétrica. Esse tipo de matriz também é importante para a transição energética mundial e uma oportunidade para o Brasil, que tem um território com alta incidência de raios solares.

Nos últimos dois anos (2020-2021), ocorreu um aumento na geração termelétrica para atender a demanda energética nacional, devido às chuvas abaixo da média. Os encargos do acionamento destas fontes deixaram a conta de luz mais cara, além de ser uma fonte energética mais poluente.

Segundo o porta-voz, além da relevância ambiental, a construção da usina agrega valor à comunidade da região, com utilização de mão de obra direta e indireta e melhorias na infraestrutura da rede local. Os incentivos iniciais do governo federal abriram o caminho para desenvolvimento da área solar no Brasil, mas a aprovação do marco legal da geração distribuída vai impulsionar muito o setor. “Isso trouxe mais segurança para todas as partes”, afirma.

“Antes, era difícil prever o retorno que esse tipo de investimento traria porque não existia uma lei, apenas uma regulamentação. Isso dificultava o crescimento do setor. Em janeiro de 2022 foi aprovada a lei que determina as regras da compensação de energia”, explica Vinícius.

O cenário da energia solar no Brasil

Hoje, o cenário de energia solar no Brasil tem mais estabilidade e, consequentemente, é promissor. Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o país tem 3.893 usinas solares em operação, que geram uma potência total de 2.711 MW. Encontram-se, ainda, 214 parques solares projetados e com estruturação não iniciada. Em 2021, o Brasil entrou para o grupo de 20 países líderes em capacidade instalada de energia solar no mundo.

Uma usina solar com capacidade de 1 MW (suficiente para abastecer 1.500 casas) custa, em média, entre 4 e 5 milhões de reais. Porém, fatores como área de instalação, potência instalada e aspectos climáticos alteram o valor final do projeto. Esse tipo de geração de energia é considerado renovável e limpo. De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA) o uso de energia solar poderá chegar a 30% em 2022 no mundo, levando em conta países com a maior capacidade instalada de geração, como China, Alemanha, Japão e Estados Unidos.