Desde o início da Revolução Industrial, a partir do século 18, a humanidade tem extraído recursos naturais do planeta incessantemente para suprir suas necessidades cada vez maiores de consumo: água, minérios, petróleo, alimentos, entre outros. Com a chegada de novas tecnologias a partir do final do século 19, a utilização desses recursos, sobretudo para a indústria de transportes e outras manufaturas que cresciam, tornou-se ainda mais necessária. Desde então, a extração de minérios, petróleo e energia tem superado o limite em que o planeta é capaz de renová-los por mais um ano. A exploração excessiva traz também desmatamento de florestas, esgotamento do solo, falta de alimentos, poluição e a emissão cada vez maior de CO2 e demais Gases de Efeito de Estufa (GEE) causadores das mudanças climáticas.
Nesse contexto, a organização internacional de pesquisas Global Footprint Network criou, em 1970, o Dia da Sobrecarga da Terra, data em que os recursos naturais disponíveis no planeta chegam ao seu limite excedendo sua capacidade de recuperação. O cálculo é feito confrontando a pegada ecológica dos seres humanos – como é chamado o uso dos recursos naturais – com a capacidade do planeta para regenerá-los.
Esgotamento dos recursos naturais e o comprometimento das empresas
De acordo com o fundador e executivo do Latin American Quality Institute (LAQI), Daniel Maximilian da Costa, o mundo corporativo não pode ficar alheio ao Dia da Sobrecarga da Terra. O executivo reforça ainda que a data não deve gerar apenas reflexões, mas ações na cultura das empresas com impacto, inclusive, no modo de pensar e agir. Este ano, o Dia da Sobrecarga da Terra foi em 2 de agosto. Em 1970, quando a data foi instituída, ela caiu em 30 de dezembro e, desde 2001, tem sido antecipada em três dias a cada ano, mostrando que a civilização tem explorado cada vez mais os recursos naturais do planeta. Pelos cálculos dos cientistas, a continuar nesse ritmo crescente, essa demanda será proporcional a dois planetas Terra até o final do século.
As companhias estão cada vez mais comprometidas com as questões climáticas, compartilhando estratégias, projetos e experiências. O intercâmbio de informações permite o incentivo a políticas públicas mais adequadas diante de um mundo que enfrenta desastres naturais extremos provocados pelas atividades humanas
Diante desse cenário, junto a outras empresas, a Dasa tornou público seu inventário de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) do ciclo de 2024, em 21 de agosto, no auditório da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo, durante o evento anual do Programa Brasileiro GHG Protocol.
Programa Brasileiro GHG Protocol
O Programa Brasileiro GHG Protocol surgiu em 2008. Junto com o WRI Brasil — instituto de pesquisa que incentiva a proteção ao meio ambiente, oportunidades econômicas e bem-estar humano — a Fundação Getúlio Vargas (FGV) desenvolveu e adaptou o Programa às condições brasileiras criando ferramentas de cálculo para estimativas de emissões de gases de efeito estufa com padrões de qualidade internacional.
Apoiado pelo Ministério do Meio Ambiente e outros organismos, o Programa capacita as empresas na elaboração de seus inventários de emissões de GEE com o levantamento e mapeamento das fontes de emissões diretas e indiretas. Atualmente o Programa Brasileiro GHG Protocol, através do Registro Público de Emissões, tem mais de 5.770 inventários disponíveis online, incluindo aqueles elaborados pela Dasa.
O Inventário de GEE da Dasa (ciclo 2024)
A Dasa elabora e segue com a publicação de seus inventários de emissões de GEE anualmente desde 2020. Com eles é possível contabilizar quanto a empresa emitiu de gases de efeito estufa e mapear ações necessárias para neutralizá-las ou compensá-las. Além de mensurar e relatar as emissões de GEE, calculadas em toneladas de CO2 equivalentes, a Dasa também avalia a porcentagem de consumo de energia proveniente de fontes renováveis.
Os inventários de emissões de GEE da Dasa são auditados por uma organização de terceira parte acreditada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (InMetro). A empresa já recebeu três Selos Ouro, o mais importante do Programa Brasileiro GHG Protocol– por ter, não só a asseguração de terceira parte, mas elaborado o inventário completo.
Referências:
Fonte: https://akatu.org.br/estudo-reforca-associacao-entre-aquecimento-global-e-revolucao-industrial/