Processo causado pelas alterações no clima demanda ações para manter os solos férteis e frear os riscos à saúde humana

 

Anualmente, a ONU (Organização das Nações Unidas) define um tema para o Dia Mundial do Meio Ambiente, que ocorre em 5 de junho. Baseado nas urgências impostas pela crise do clima, “acelerar a restauração da terra, a resiliência à seca e ao progresso da desertificação” é o mote de 2024.

A iniciativa dialoga com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela organização como metas para a sustentabilidade global. Isso porque o ODS 15 determina a proteção, restabelecimento e promoção do uso sustentável dos ecossistemas terrestres, com uma gestão sustentável das florestas e reversão da degradação da terra, combatendo a desertificação.

Os efeitos das mudanças climáticas agora abrangem, entre outros, secas severas, falta de água, grandes incêndios, elevação do nível do mar, enchentes, derretimento das geleiras polares, tempestades devastadoras e redução da biodiversidade.

À medida que as alterações no clima avançam, áreas que um dia foram férteis estão se transformando em terrenos áridos e estéreis. Esse fenômeno é conhecido como desertificação e priva os ecossistemas de sua biodiversidade, ameaçando comunidades que dependem da terra para sobreviver.

Mais de 24 bilhões de toneladas de solo fértil desaparecem anualmente, de acordo com a ONU. Cerca de dois terços da Terra estão em processo de desertificação e, se não forem adotadas as medidas necessárias, em 2050 serão cerca de 1,5 milhão de km² de terras agrícolas tornadas inférteis no mundo todo – superfície equivalente a cerca de 44% do território brasileiro.

 

Impactos da desertificação para a saúde humana

Os riscos de saúde relacionados às mudanças climáticas, segundo dados da Fiocruz, são causados pela disseminação de vetores, a baixa qualidade da água e a diminuição da produção de alimentos, além do agravamento da poluição do ar.

As doenças mais sensíveis a essas mudanças são as infecciosas, como leishmaniose, malária e dengue. Além disso, a hepatite, que se espalha por meio da água, é particularmente comum em áreas sem saneamento básico.

A desertificação é um desses riscos. Conforme áreas anteriormente férteis passam a sofrer o processo de degradação, a produção agrícola pode acabar comprometida, levando à redução da oferta de alimentos. Com isso, a insegurança alimentar aumenta o risco de doenças relacionadas à falta de nutrientes essenciais.

O aumento das temperaturas e a exposição prolongada ao sol em áreas desertificadas elevam também o risco de insolação, desidratação e de doenças como câncer de pele. Além disso, a poeira e os poluentes transportados pelo vento em ambientes desérticos também podem agravar doenças respiratórias, como asma e bronquite.

 

Cuidar do meio ambiente é proteger a saúde humana

A desertificação representa uma séria ameaça à saúde global, exigindo ações urgentes para mitigar seus efeitos e proteger as populações vulneráveis. É preciso mitigar os efeitos da escassez de alimentos nutritivos e da disponibilidade de recursos utilizados para a geração de energia.

Somente através de uma abordagem integrada e colaborativa, envolvendo governos, empresas, comunidades e organizações internacionais, podemos enfrentar efetivamente os desafios impostos pela desertificação e garantir um futuro mais resiliente e sustentável para todos.

Conheça mais em nosso Relatório de Sustentabilidade as ações contra as Mudanças do Clima que estão sendo realizadas pela Dasa. 

 

 

Referências:

https://news.un.org/pt/story/2021/12/1773222#:~:text=A%20Organiza%C3%A7%C3%A3o%20das%20Na%C3%A7%C3%B5es%20Unidas,Sistemas%20em%20ponto%20de%20ruptura

https://agropos.com.br/planeta-perde-24-bilhoes-de-toneladas-de-solo-fertil-por-ano-alerta-onu/#:~:text=Em%20uma%20mensagem%20em%20v%C3%ADdeo,de%20toneladas%20de%20terra%20f%C3%A9rtil

https://oeco.org.br/analises/29070-conservar-o-solo-para-preservar-a-agua-e-reduzir-a-fome/

https://brasil.un.org/pt-br/175180-o-que-s%C3%A3o-mudan%C3%A7as-clim%C3%A1ticas?_gl=1*4qlai7*_ga*MTk2ODE4OTEzNy4xNzEzNDQ5MDcw*_ga_TK9BQL5X7Z*MTcxMzQ0OTA2OS4xLjAuMTcxMzQ0OTE0MC4wLjAuMA

https://portal.fiocruz.br/mudancas-climaticas#:~:text=As%20mudan%C3%A7as%20clim%C3%A1ticas%20interferem%20na,e%20dengue%20e%20outras%20arboviroses

https://www.google.com/url?q=http://www.dasa3.com.br/relatorio-institucional&sa=D&source=docs&ust=1717778996079221&usg=AOvVaw1oUYGGY73VHB4VbYyN6k9X