Comportamento da variante Ômicron parece semelhante ao observado em outros países. Apesar da verificação do predomínio de casos da variante Delta, nos meses de outubro e novembro de 2021, o momento representou os menores números de novos casos de Covid-19 no Brasil desde o início da pandemia
Equipe Dasa,
Publicado em 04 de fevereiro de 2022
Nos mapas abaixo, você acompanha em tempo real as atualizações mais recentes sobre a presença do SARS-CoV-2 nas cinco regiões do Brasil. Os dados são o resultado de pesquisas científicas lideradas pelo Genov, projeto de vigilância genômica da Dasa, e abertos ao público com objetivo de monitorar o cenário da Covid-19 no Brasil.
Abaixo, o gráfico de barras mostra o comportamento das variantes por estado. É possível visualizar, da esquerda para a direita, a linha do tempo referente aos meses desde o início do projeto Genov.
O quinto relatório do projeto Genov apresenta dados do sequenciamento completo de 2.936 amostras colhidas na primeira quinzena de outubro (1.487 amostras) e na primeira quinzena de novembro de 2021 (1.449 amostras), oriundas de pacientes da Dasa com RT-PCR positivo para SARS-CoV-2.
A análise dos dados nos meses de outubro e novembro, com um comportamento homogêneo da epidemiologia viral no Brasil, permite identificar o processo de diversificação e competição das linhagens derivadas de Delta, tanto por múltiplas introduções de novas linhagens quanto pelo surgimento de derivadas no Brasil.
A divulgação do relatório, em meio à nova alta de casos no Brasil, reafirma o importante papel da vigilância genômica. Vinte e quatro (24) estados brasileiros tiveram pelo menos uma (1) amostra sequenciada, ausentes amostras do Amapá, Acre e Roraima.
1O processo de substituição da variante Gama pela Delta, que começou em agosto de 2021, mostrou-se consolidado nos meses de Outubro e Novembro: a variante Delta e suas derivadas estão presentes em mais de 99% das amostras e predominam em todas as regiões do país.
2Os meses de outubro e novembro de 2021 representaram o momento de menor incidência de novos casos no Brasil e em outros países da América do Sul, desde o início da pandemia. Este comportamento da Delta é diferente do que ocorreu após sua entrada na Europa e nos Estados Unidos, onde provocou uma nova onda com expressivo aumento do número de casos. Para se determinar a razão desta diferença ainda é necessária uma explicação em bases experimentais.
3A variante Ômicron tem apresentado no Brasil o mesmo aumento explosivo no número de casos verificados na maioria dos países.
4Na região Sudeste, excluindo as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, todas as amostras analisadas foram classificadas como Delta. Apenas uma amostra na cidade de São Paulo e outra amostra na cidade do Rio de Janeiro não eram Delta.
5A região Norte apresentou a menor frequência de Delta dentre as amostras analisadas (80%), seguida pelas regiões Nordeste (97%), Centro-Oeste (99%), Sul (99.3%), cidades de São Paulo e Rio de Janeiro (99.6%) e região Sudeste (100%).
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