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Seta Seta Seta Variante Ômicron tem predominância total no Brasil e surgimento de novos recombinantes acende alerta
Dados de Fevereiro e Março/2022

Variante Ômicron tem predominância total no Brasil e surgimento de novos recombinantes acende alerta

Relatório aponta aumento na frequência da linhagem BA.2, identificação de duas amostras que contêm o recombinante XE, além do surgimento de um novo recombinante ainda não classificado

Nos mapas abaixo, você acompanha em tempo real as atualizações mais recentes sobre a presença do SARS-CoV-2 nas cinco regiões do Brasil. Os dados são o resultado de pesquisas científicas lideradas pelo Genov, projeto de vigilância genômica da Dasa, e abertos ao público com objetivo de monitorar o cenário da Covid-19 no Brasil.

Fevereiro/2022

Março/2022

Abaixo, o gráfico de barras mostra o comportamento das variantes por estado. É possível visualizar, da esquerda para a direita, a linha do tempo referente aos meses desde o início do projeto Genov.

Contexto

O sétimo relatório do projeto Genov apresenta dados do sequenciamento completo de 2.697 amostras colhidas na primeira quinzena de fevereiro de 2022 (1.515 amostras) e na primeira quinzena de março de 2022 (1.182 amostras). As amostras coletadas são provenientes de pacientes da Dasa com RT-PCR positivo para SARS-CoV-2, o vírus causador da Covid-19.

Com predominância total da variante Ômicron em todas as regiões do país, 23 estados brasileiros tiveram pelo menos 1 amostra sequenciada. Estão ausentes amostras do Amazonas, Amapá, Roraima e Alagoas.

Com a identificação de novos recombinantes, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que estes sejam acompanhados atentamente e destacados da monitorização geral de variantes, reforçando, mais uma vez, o importante papel do trabalho de vigilância genômica.

Insights

1O trabalho de vigilância genômica mostra que o processo de substituição total da ocorrência de uma variante pela subsequente leva de 2 a 3 meses em todos os casos. A variante Alfa, por exemplo, nunca se tornou onipresente no Brasil, justamente porque foi superada pela variante Gama – que surgiu na sequência.

2Com total predominância da variante Ômicron, em todas as regiões do país, observa-se um aumento na frequência da linhagem BA.2 (derivada desta mesma variante). Em março, também foram identificadas duas amostras contendo o recombinante XE, além de um novo recombinante que ainda não foi classificado. Estes recombinantes demonstram um novo mecanismo de diversificação do SARS-CoV-2.

3O processo de substituição da variante Delta pela Ômicron, consolidado no Brasil em janeiro de 2022, ocorreu de forma semelhante aos processos das variantes anteriores: com um grande número de sublinhagens – seja por introduções das mesmas, ou por mutações de linhagem-específicas, fenômeno que possivelmente já ocorre no Brasil.

4Em duas amostras foi identificado o recombinante XE (BA.1/BA.2) – inicialmente identificado em janeiro deste ano, no Reino Unido, e também já detectado em São Paulo, pelo Instituto Butantan. Ambas amostras são de crianças de 10 anos de idade, de São Paulo, e foram coletadas em março de 2022. As crianças têm vínculo epidemiológico e as amostras seguem sob análise.

5Inicialmente, a dispersão da linhagem BA.1 foi mais intensa em relação à BA.2 (derivadas da variante Ômicron). Entretanto, no Brasil, a detecção da BA.2 ocorreu a partir de fevereiro de 2022 e, assim como observado globalmente, houve um crescimento desta sobre a BA.1.


* Ômicron inclui BA.1, BA.2, BA.3, BA.4, BA.5 e suas linhagens descendentes. Também inclui as formas recombinantes BA.1/BA.2 como XE. Acesse para ler o relatório completo.

Download

Para ler o 7º Relatório Genov na íntegra, clique aqui.

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