O Healthcare Innovation Show 2019 reuniu mais de 200 palestrantes nacionais e internacionais, com apresentações dinâmicas e abertas para mais de 3 mil pessoas que circularam pelo Expo SP entre 18 e 19 de setembro. No primeiro dia, a Dasa foi a anfitriã com o palco Comunidade Dasa, que reuniu as principais transformações que estão acontecendo no setor.
Uma parte do tempo do profissional de saúde é dedicada à atualização. O setor está se reinventando e essa tarefa se desdobra em como fazer parte da mudança. Com a missão de “cutucar” essa transformação cultural, a Dasa foi a anfitriã do palco Comunidade no Healthcare Innovation Show 2019. A começar pela ‘Sustentabilidade na Saúde', tema do primeiro painel, que reuniu diferentes players como Amil, Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e GSC Integradora de Saúde para discutir as mudanças necessárias para coordenar a jornada do paciente e aumentar o engajamento com a saúde, reduzindo a duplicidade de esforços.
Nessa jornada de transformação digital, os grandes players podem contar com os empreendedores das healthtechs, startups com agilidade para criar a solução para um problema específico. Na conversa do painel ‘Inovação Aberta’, que reuniu fundadores de empresas digitais, o head do Cubo e o gerente de inovação aberta da Dasa, o ponto de atenção e de comum acordo foi a necessidade das grandes empresas criarem maturidade interna para se relacionar com uma startup. As startups criam rápido, mas não podem esperar meses por um processo de aprovação ou participar de avaliação de mesa de compras com a pré-condição de comparar preço com outro serviço igual. Há práticas corporativas que precisam ser revistas, caso contrário podem matar uma startup, incluindo sua inovação.
Em meio ao início dessas mudanças culturais, o futuro já é parte do dia a dia dos médicos, como observa o obstetra especialista em 3D da Dasa, Heron Werner. Em apresentação curta, ele despertou o brilho nos olhos da plateia com exemplos do seu dia a dia, como peças de fetos impressos para planejamento cirúrgico. O painel ‘Medicina de Precisão’ abordou a nova forma de fundamentar as conclusões médicas. O Brasil avançou muito em dados de genômica e o prontuário de profissionais, como oncologistas, é muito mais complexo. Esses caminhos vão permitir que o país utilize a análise genômica de forma preventiva, com foco na saúde.
Painel 1: Sustentabilidade na Saúde (value based)
“Com engajamento no cuidado, chegamos a uma redução de custo de 46%. Quando há internação, o tempo de permanência é menor e não há reincidência”, Ana Elisa Siqueira, CEO da GSC Integradora de Saúde.
“Grande parte da carteira circula entre os players; os gastos com acesso e prevenção beneficiam o sistema como um todo”, Graciema Bertoletti, diretora da UnitedHealth Group/Amil.
“Precisamos, como país, melhorar a integração entre os sistemas público e privado para tornar a jornada do paciente mais fluida e com menos duplicidade de esforços”, Leandro Fonseca, diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
PAINEL 2: Inovação aberta (escala/negócio)
“Brinco que as duas melhores ideias da Hisnek não foram minhas”, Carolina Dassie, founder e CEO da startup Hisnek, residente do Cubo Health, com curadoria Dasa.
“A Dasa está sendo um paizão para a gente. Tem experiência, estrutura e capilaridade que não seríamos capazes de ter”, Ricardo di Lázaro Filho, sócio-fundador da Genera.
“Dadas as novas tecnologias, todas as empresas vão ter de passar por grandes transformações centradas no cliente”, Pedro Prates, head do Cubo.
TED: Tecnologia 3D na saúde
“A impressão 3D está sendo cada vez mais incorporada na medicina com o objetivo de precisão e redução de custos, como no planejamento cirúrgico, em peças anatômicas para auxiliar patologistas, no pré-natal para mães e pais com deficiência visual”, Heron Werner, médico Dasa, obstetra especialista em medicina fetal.
PAINEL 3: Presente e futuro na medicina de precisão
“Talvez o recurso não seja a principal barreira; precisamos reestruturar o sistema de saúde para uma medicina preventiva e propositiva, como foi feito na Holanda”, José Eduardo Krieger, diretor no InCor.
“No dia a dia, esses processos digitais são fundamentais, como o Tumor Board no Santa Paula, a telemedicina e as tecnologias de engajamento na medicação”, Tiago Kenji, oncologista, diretor-técnico do Instituto de Oncologia do Hospital Santa Paula.
“A Geneone tem hoje a responsabilidade de transferir conhecimento, papel cada vez mais importante na definição de protocolo e no melhor fluxo de diagnóstico e terapêutico”, Gustavo Campana, diretor médico da Dasa.
TED: Uso de dados para melhorar a vida do paciente
“Observamos que 70% dos pacientes com indicador de diabetes não estavam fazendo tratamento. Como havia um grupo de 15 mil pessoas em uma praça, fizemos uma parceria com a operadora e a GSC Integradora de Saúde para esses pacientes entrarem em uma linha de cuidados. Trabalho pré-insight leva tempo, é caro, difícil, mas o poder é muito forte. Convido vocês a nos desafiar!”, Emerson Gasparetto, vice-presidente da área médica da Dasa.