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O coração é um órgão vital para o funcionamento do nosso corpo, responsável por bombear sangue e fornecer oxigênio essencial para todas as células.

E a especialidade médica que se dedica ao estudo e tratamento das doenças que afetam esse importante órgão é a cardiologia.

O que é a cardiologia?

A cardiologia é uma especialidade médica que se dedica ao estudo, prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças relacionadas ao sistema cardiovascular, incluindo o coração e os vasos sanguíneos.

A cardiologia engloba não só o tratamento das enfermidades cardíacas, mas também a prevenção e diagnóstico dos fatores de risco associados a problemas cardíacos, como colesterol alto, diabetes e pressão alta.

Além disso, desempenha um papel crucial na orientação sobre mudanças de hábitos prejudiciais à saúde cardiovascular, como sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas e obesidade.

Principais doenças tratadas pela cardiologia

Algumas das principais doenças tratadas pela cardiologia incluem:

Hipertensão arterial: uma das doenças mais frequentes na cardiologia, ela se caracteriza pelo aumento persistente da pressão exercida pelo sangue nas paredes dos vasos sanguíneos.

Geralmente, é assintomática, o que significa que muitas pessoas podem ter sem saber. Por isso, é essencial aferir seus níveis de maneira rotineira usando um aparelho de pressão (esfigmomanômetro) para detecção precoce e controle adequado.

Quando a hipertensão não é tratada ou controlada adequadamente, ela aumenta significativamente o risco de complicações graves, como: infarto, acidente vascular cerebral (derrame), doenças na retina, doença renal, podendo evoluir até para hemodiálise e insuficiência cardíaca.

Doença isquêmica do coração: causada pela redução ou obstrução do fluxo sanguíneo nas artérias coronárias que impedem a passagem do sangue, causando a “isquemia”, quando o tecido cardíaco não recebe a quantidade de sangue necessário para suas funções. Essa diminuição do fluxo de sangue no coração é chamada de angina e pode levar ao infarto.

Por isso, é crucial controlar fatores de risco como hipertensão, diabetes e tabagismo para evitar complicações, já que, mesmo após o tratamento, a lesão no músculo cardíaco pode levar à insuficiência cardíaca, com sintomas como cansaço, inchaço e limitação das atividades diárias.

Colesterol alto: é uma condição extremamente silenciosa, frequente e relevante que pode comprometer o sistema cardiovascular e, no longo prazo, levar a um infarto, a um acidente vascular cerebral (derrame) ou a problemas de circulação nos membros.

Portanto, com a orientação de um médico, é fundamental para monitorar o colesterol rotineiramente e, caso necessário, realizar um tratamento conforme o risco e histórico do paciente.

O que são cardiopatias congênitas?

As cardiopatias congênitas são malformações estruturais do coração que ocorrem durante o desenvolvimento do coração do bebê no útero materno. Diversos fatores podem aumentar o risco de ocorrência dessas alterações, tais como:

  • Histórico familiar de cardiopatia congênita.
  • Diabetes mellitus gestacional, ou seja, mulheres com diabetes durante a gravidez.
  • Infecções virais na gestante: como rubéola (conhecida pela sua erupção vermelha característica); toxoplasmose (doença infecciosa causada pelo parasita Toxoplasma Gondii) e citomegalovírus (pertencente à família do herpesvírus, mesma dos vírus da catapora).
  • Doenças autoimunes: incluindo lúpus (causada quando o sistema imunológico ataca seus próprios tecidos) e dermatomiosite (caracterizada por fraqueza muscular e erupções cutâneas).
  • Uso de determinados medicamentos durante a gravidez, como anti-inflamatórios não esteroidais, para controlar dores e inflamações; anticonvulsivantes, usados na prevenção de convulsões e lítio, um estabilizador de humor.
  • Idade materna: mulheres acima de 40 anos.

Cardiologia: principais exames

Existem diversos exames utilizados para avaliar a saúde e o funcionamento do coração e do sistema cardiovascular.

A seguir, você acompanha o papel de cada um dos principais exames realizados na cardiologia.

Eletrocardiograma 12 derivações

Trata-se de um exame simples rápido que avalia o sistema elétrico do coração de forma não invasiva.

Com ele, é possível obter informações importantes sobre a saúde cardíaca, permitindo identificar repercussões da hipertensão no coração, detectar infartos antigos e auxiliar no diagnóstico de infarto agudo.

Além disso, o exame serve para avaliar bloqueios ou alterações no sistema elétrico cardíaco e ainda fornecer informações relevantes para suspeitas de outras doenças, como amiloidose e pericardite (inflamação da membrana que reveste o coração).

Ecocardiograma

Utilizando o ultrassom com doppler, o ecocardiograma proporciona uma análise detalhada das estruturas e do funcionamento do coração.

Com ele, é possível avaliar o tamanho do coração, identificando possíveis alterações que podem indicar problemas cardíacos ou alterações na contração do músculo cardíaco, que podem sugerir a ocorrência prévia de um infarto.

Outro aspecto importante é a avaliação das válvulas cardíacas, permitindo a identificação de possíveis disfunções ou insuficiências valvares, quando uma das válvulas do coração não consegue desempenhar sua função.

Além disso, é possível analisar o fluxo de sangue dentro do coração, verificando se há obstruções ou alterações na circulação.

Teste ergométrico

É uma avaliação funcional do coração sob estresse físico, podendo ser realizado em esteira ou bicicleta. Durante o exame, é possível analisar o grau de condicionamento físico do paciente e observar a resposta da pressão arterial.

Além disso, o exame é capaz de identificar arritmias cardíacas, tanto aquelas relacionadas ao esforço quanto as que ocorrem em repouso. Sua principal utilidade é avaliar a presença de obstruções nas artérias coronárias, responsáveis por irrigar o coração.

Holter 24 horas

É um exame em que o paciente usa um aparelho durante um período de 24 horas para avaliar o ritmo do coração de forma contínua. É frequentemente utilizado para identificar arritmias cardíacas em indivíduos que apresentam sintomas sugestivos, como palpitações e desmaios.

Vale destacar que, durante o uso do Holter, o paciente recebe um diário para registrar qualquer sintoma ou evento que possa ocorrer durante a monitorização.

Esse registro é fundamental para que os médicos possam correlacionar os sintomas do paciente com os achados do exame e, assim, obter informações mais precisas sobre a ocorrência de arritmias ou outros distúrbios do ritmo cardíaco.

MAPA (Monitorização ambulatorial de pressão arterial)

Assim como o Holter, também é realizado ao longo de 24 horas, porém com o propósito de monitorar a pressão sanguínea.

É amplamente utilizado para auxiliar no diagnóstico e no ajuste do tratamento da hipertensão arterial.

Durante o exame, o aparelho registra regularmente a pressão arterial do paciente ao longo do dia e da noite, fornecendo informações importantes para a compreensão dos padrões de pressão alta e permitindo ajustes terapêuticos adequados.

 

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Subespecialidades da cardiologia

A seguir, conheça as principais subespecialidades da cardiologia, áreas de atuação mais específicas dentro da especialidade médica que abrangem diferentes aspectos do diagnóstico, tratamento e pesquisa relacionados às doenças cardiovasculares.

Cardiologia clínica

Atua em todo o espectro da cardiologia desde prevenção até o tratamento das diversas doenças relacionadas ao sistema cardiovascular.

Cardiologia esportiva

Voltada para atletas de alto desempenho, oferecendo avaliação cardíaca e dados que podem nortear o treinamento e a definição de estratégias para otimizar o desempenho esportivo. Também busca identificar condições cardíacas que possam afetar a atividade física.

Arritmologia

Área da cardiologia que investiga e trata os distúrbios do ritmo cardíaco ou arritmias. Essas alterações podem envolver batimentos cardíacos rápidos (taquicardias), lentos (bradicardias) ou irregulares, que podem afetar o funcionamento normal do coração.

Hemodinâmica

Responsável por realizar procedimentos invasivos percutâneos, como cateterismo cardíaco e angioplastia, para diagnóstico e tratamento de doenças cardiovasculares.

O cateterismo cardíaco é um procedimento que utiliza um tubo fino inserido via um vaso sanguíneo até o coração para avaliar a pressão do sangue, medir o fluxo sanguíneo, examinar o funcionamento das válvulas cardíacas e detectar eventuais bloqueios nas artérias coronárias.

Já a angioplastia coronária é realizada para desobstruir artérias coronárias estreitadas ou obstruídas.

Cardio-oncologia

Trata-se de uma subespecialidade que avalia de forma personalizada a relação entre o câncer e as doenças cardiovasculares.

Esse campo abrange desde o preparo do paciente para procedimentos complexos até a identificação e tratamento de comprometimentos cardiovasculares decorrentes das terapias anticâncer, como quimioterapia, imunoterapia ou radioterapia.

Além disso, esse segmento também monitora e controla fatores de risco cardiovascular, como hipertensão, diabetes e colesterol elevado, que podem se agravar durante o tratamento oncológico e complicar a evolução clínica do paciente.

Dicas para cuidar da saúde do coração

A American Heart Association, AHA, (Associação Americana do Coração) dispõe de um conjunto de diretrizes fundamentais para promover e manter uma boa saúde do coração. São os "oito passos para saúde cardiovascular" que incluem:

  1. Alimentação saudável: entre as dietas que compõem o guia, recomenda-se a alta ingestão de frutas, vegetais, nozes e legumes, grãos integrais, laticínios com baixo teor de gordura e baixa ingestão de sódio, carnes vermelhas, alimentos ultraprocessados e bebidas açucaradas.
  2. Atividade física regular: para adultos, o nível ideal é de pelo menos 150 minutos de atividade física moderada ou mais por semana, ou 75 minutos de atividade física de intensidade vigorosa por semana. Já para crianças de 6 anos ou mais, o recomendado é praticar 420 minutos ou mais de atividade física por semana. Para crianças mais novas, as recomendações são adaptadas conforme a idade específica.
  3. Controle da glicose no sangue: o controle da glicemia, tanto para diabéticos quanto para não diabéticos, é fundamental para a saúde do coração. A quantidade de açúcar que pode ser ingerida por cada pessoa pode variar e só um cardiologista pode estipular qual seria o ideal.
  4. Peso adequado: obesidade é um dos principais fatores de risco cardiovascular. Daí a importância da manutenção de um peso considerado saudável para sua altura, tipo físico e histórico clínico. É o médico cardiologista que vai definir esse peso de forma individualizada.
  5. Controle do colesterol: para uma boa saúde cardiovascular, os níveis de LDL, conhecido como “colesterol ruim”, devem estar baixos e os de HDL ("colesterol bom"), altos. Os níveis ideias variam de paciente para paciente e devem ser estipulados pelo cardiologista. Por exemplo: para uma pessoa saudável é um nível e, para um infartado, outro.
  6. Controle da pressão arterial: os níveis ideias são estabelecidos de forma individual. Isso porque para diabéticos ou pacientes com problemas renais a meta é diferente da de outros pacientes, por exemplo.
  7. Não fumar: inclui também cigarros eletrônicos ou dispositivos vaping e a exposição ao fumo passivo.
  8. Boa rotina de sono: para adultos, o ideal seria de sete a 9 horas de sono por noite. Para crianças de cinco anos ou menos, o recomendado é dormir de 10 a 16 horas; de seis a 12 anos, o ideal é dormir de 9 a 12 horas; e para adolescentes entre 13 e 18 anos, o indicado é dormir de 8 a 10 horas por noite.

Quando procurar por um especialista em cardiologia?

É fundamental ter um acompanhamento e fazer exames de rotina que avaliem a saúde do coração.

Portanto, não se deve esperar por sintomas específicos, como dores no peito, falta de ar ou desmaios, para procurar ajuda.

A cardiologia tem avançado consideravelmente em termos de prevenção e tratamento. Portanto, priorize sua saúde cardíaca e agende uma consulta com um cardiologista para reduzir o risco de complicações futuras.

 

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