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Cetoacidose diabética é uma complicação grave do diabetes que acontece quando o corpo começa a quebrar gordura para obter energia, em vez de usar a glicose do sangue. Isso faz com que ocorra acúmulo de cetonas (substâncias ácidas) e, caso não seja tratado rapidamente e de forma adequada, pode levar a complicações sérias.

Trata-se de uma condição que requer cuidado médico imediato para realizar o tratamento com insulina, líquidos e eletrólitos intravenosos, além de correção da causa subjacente.

Veja a seguir mais informações sobre cetoacidose diabética, causas, sintomas e riscos.

O que é cetoacidose diabética?

A cetoacidose diabética consiste em uma complicação aguda e grave do diabetes mellitus. Ocorre devido uma profunda deficiência do hormônio insulina, que gera elevação importante da glicose com presença de cetonas no sangue e redução do pH sanguíneo.

Na grande maioria dos casos, ocorre em pacientes com diabetes tipo 1, mas pode se apresentar também em pacientes com diabetes tipo 2.

Essa condição pode acontecer ao diagnóstico do diabetes mellitus tipo 1 em cerca de 15-40% dos indivíduos acometidos pela doença.

O que pode causar cetoacidose diabética?

As principais causas de cetoacidose diabética são:

  • Redução ou suspensão do uso de medicamentos para diabetes, principalmente insulina;
  • Infecções, principalmente pneumonia e infecção urinária;
  • Algumas doenças que elevam o nível de estresse no organismo, como cirurgias, infarto do miocárdio ou acidente vascular encefálico, pancreatite;
  • Consumo excessivo de álcool;
  • Transtornos alimentares, como bulimia e transtorno compulsivo alimentar.

Quais são os sintomas de cetoacidose diabética?

O paciente com cetoacidose diabética apresenta como principais sinais e sintomas:

  • Aumento na frequência urinária;
  • Sede intensa;
  • Desidratação;
  • Náuseas e/ou vômitos;
  • Hálito cetônico (cheiro de “maçã podre”);
  • Aumento da frequência respiratória;
  • Aumento da frequência cardíaca;
  • Redução do peso.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da condição é realizado por meio de exames de sangue, que são solicitados a partir da suspeita médica com as manifestações clínicas do paciente. Observam-se:

- Elevação da glicose no sangue (> 250mg/dL);

- Redução do pH sanguíneo (< 7,3);

- Presença de cetonas no sangue.

 

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Quais são os riscos da cetoacidose diabética?

Por ser um quadro grave de descompensação do diabetes, pode ocasionar alterações nos eletrólitos do sangue, em especial, o potássio, insuficiência respiratória, redução do estado de consciência, podendo causar coma e, em casos mais graves, evoluir para óbito.

 

Tratamento

O tratamento da cetoacidose diabética deve ser iniciado o quanto antes pelos riscos de complicações maiores. É fundamental restabelecer o pH sanguíneo adequado, a homeostase dos eletrólitos e controlar a glicemia sanguínea. Para isso, deve ser realizada reposição de fluidos, visando correção da desidratação, reposição dos eletrólitos necessários, início do uso de insulina com acompanhamento pertinente, além de suporte respiratório e da pressão sanguínea e tratamento de condições como náuseas e vômitos. É necessário também tratar a causa base da intercorrência, como algum quadro infeccioso, e estabelecer medidas preventivas para evitar recidiva do quadro. Para o acompanhamento do tratamento é necessária a realização de exames de sangue de forma regular, como gasometria arterial, glicose, ureia e creatinina, dosagem de sódio, potássio, magnésio e fósforo, dentre outros, bem como exames de imagem quando indicados.

 

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