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Seta Seta Seta Variante amazônica predomina em 98% dos casos de Covid-19 no Brasil
Dados de Julho/2021

Variante amazônica predomina em 98% dos casos de Covid-19 no Brasil

Linhagem Gama (ou P.1) apresenta evolução local no Brasil e é a mais detectada nos casos de Covid-19 no país

Neste mapa, você acompanha em tempo real as atualizações mais recentes sobre a presença do SARS-CoV-2 nas cinco regiões do Brasil. Os dados são o resultado de pesquisas científicas lideradas pelo Genov, projeto de vigilância genômica da Dasa, e abertos ao público com objetivo de monitorar o cenário da Covid-19 no Brasil.

Abaixo, o gráfico de barras mostra o comportamento das variantes por estado. É possível visualizar, da esquerda para a direita, a linha do tempo referente aos meses desde o início do projeto Genov.

Contexto

O terceiro estudo do Genov, elaborado a partir do sequenciamento de 956 genomas completos de SARS-CoV-2 colhidos na primeira quinzena de julho de 2021, traz informações relevantes sobre a pandemia no Brasil.

A pesquisa, neste momento, passa por uma transição da plataforma de sequenciamento do equipamento NextSeq para o NovaSeq -- este, que tem maior capacidade e proporciona mais agilidade ao projeto. A meta é aumentar o número mensal de amostras sequenciadas até atingir 3.000/mês, que é o limite logístico-operacional do Genov.

O processo de análise dos genomas, dos quais 19 estados brasileiros tiveram pelo menos 1 amostra sequenciada, com informações epidemiológicas, dados clínicos e laboratoriais, produz novos dados que são fundamentais para o combate à Covid-19 no Brasil e no mundo. A seguir, os principais resultados da pesquisa.

Insights

1Em relação ao último estudo (segundo relatório - Junho/21), os dados de Julho/21 apresentam diferenças que demonstram uma queda na frequência da variante Gama (P.1) e um aumento da variante derivada desta: a P.1.7 - em todas as regiões do país. Chamam a atenção especialmente os estados do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso do Sul, onde aproximadamente metade das amostras continha a variante P.1.7.

2O crescimento da variante P.1.7 (derivada da variante Gama) pode sugerir uma vantagem evolutiva em relação à linhagem P.1. Por este motivo, o relatório traz também uma comparação da carga viral de amostras P1.8, AY.4 e B.1.617.2.

3No primeiro relatório (Maio/2021), 605 das 629 amostras sequenciadas corresponderam à variante P.1. Já no segundo relatório (Junho/2021) houve um percentual ainda maior, 1.277 das 1.297 sequenciadas. No entanto, em Julho/2021 (828 das 956), o percentual diminuiu para valores inferiores a Maio/2021, devido ao aumento da variante Delta.

4A respeito das variantes Gama-plus, este estudo verificou que 14.7% (122/826) das amostras identificadas como Gama correspondem a casos da variante mencionada. O percentual representa um aumento em relação aos relatórios anteriores: 2.4% de casos Gama-plus (12/489) no primeiro (Maio/2021) e 5.4% (67/1232) no segundo (Junho/2021).

5A pesquisa identificou também 121 casos de variante Delta, possivelmente decorrentes de introduções distintas no país. Houve aumento significativo na frequência de amostras desta variante nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul - principalmente no estado do Rio de Janeiro.

6O estudo afirma que, neste momento, a principal incógnita em relação ao futuro da pandemia no Brasil se refere ao comportamento da variante Delta. Não é possível excluir a possibilidade de uma 3ª onda, ao mesmo tempo em que podem haver condições epidemiológicas que freiem a disseminação da Delta. Os dados dos próximos estudos (Agosto e Setembro) serão importantes para verificar essa resposta.

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