Por: Dra. Annelise Correa Wengerkievicz Lopes
Dra. Dra. Maria Isabel de Moraes Pinto 

A nova onda de Covid-19 vem atingindo diversas pessoas na Europa, Estados Unidos e também no Brasil.
Nesse ponto, é fundamental que as medidas de segurança sejam aplicadas para evitar surtos da doença.

Além disso, manter o calendário vacinal completo é a melhor forma de evitar complicações pela infecção por Sars-CoV-2.

Estamos vivendo uma nova onda de Covid-19 no Brasil?

Mesmo após a introdução das vacinas, temos tido algumas ondas importantes de transmissão de covid-19. Isso acontece por vários motivos, um dos principais é a capacidade do vírus de sofrer mutações e originar variantes com estrutura diferente do vírus original, dessa maneira escapando parcialmente dos
anticorpos que o organismo produziu após uma infecção anterior ou vacinação.

Como e por que acontecem essas mutações do vírus da Covid-19?

O vírus é um organismo muito simples, e cada vez que se replica ele aleatoriamente acaba sofrendo uma série de erros em sua sequência. Isso acontece em qualquer replicação de ácido nucleico (RNA ou DNA), mas no caso dos vírus é ainda mais pronunciado, pois eles não têm um aparato eficiente para corrigir essas falhas de replicação.

Essas mutações, sendo aleatórias, podem trazer vantagens ou desvantagens aos vírus, mas é natural que somente aquelas que trazem vantagens acabem se tornando importantes do ponto de vista de transmissão e gravidade de doença.

Nova variante de Covid-19 B.Q1

Sabemos que o SARS-CoV-2 sofre constantes mutações, que ocorrem devido ao vírus tentar se adaptar da melhor forma possível ao ser humano e conseguir se replicar e disseminar na população de maneira geral. Dessa forma, à medida que essas mutações vão ocorrendo, os vírus vão se diferenciando em relação ao vírus inicial. Por isso, são chamados de variantes.

Já as subvariantes são aquelas que ainda são muito semelhantes à linhagem de origem, mas que já têm alterações que as distinguem da variante inicial.

Recentemente, uma subvariante da Ômicron, a B.Q1, tem circulado de maneira intensa nos Estados Unidos, Europa e no Brasil.

O que se sabe é que a proteção das vacinas disponíveis atualmente pode ser reduzida em frente a subvariante B.Q1, que pode escapar mais facilmente dos anticorpos neutralizantes. Contudo, ainda assim, a vacinação reduz o risco de infecção grave.

É fundamental termos a vigilância sobre as variantes e subvariantes que surgem, para melhor controle.

Quais são os sintomas da nova variante de Covid-19?

Como já vimos nas ondas anteriores, os sintomas de covid-19 variam muito de acordo com o indivíduo, comorbidades e status vacinal. Seguem sendo frequente os sintomas gripais, febre, sintomas gastrintestinais, dores de cabeça e no corpo e indisposição.

A vacina da covid-19 é eficaz contra as novas variantes?

As vacinas disponíveis são eficazes para prevenção de doença grave e óbito.

O que é vacina bivalente?

As vacinas para Covid-19 bivalentes combinam dois tipos de cepas virais. Uma delas sempre será a cepa Wuhan, que foi identificada na China em 2019. Já a outra se associa a cepa Ômicron, podendo ser BA.1 ou BA.4 e BA.5.

Os estudos feitos até o momento sugerem um aumento na produção de anticorpos neutralizantes contra o Sars-CoV-2 quando se usa as vacinas bivalentes em comparação às vacinas univalentes, supondo-se assim que sua eficácia seja um pouco maior.

Por isso, essas vacinas, no Brasil, serão inicialmente recomendadas para pessoas que apresentam maior predisposição ao desenvolvimento do quadro grave da doença, como imunossuprimidos e idosos.

Prevenção da Covid-19: quais são as orientações?

Em momentos de alta no número de casos, é importante evitarmos aglomerações, em especial em espaços fechados, e, quando estivermos nestas situações, utilizar máscaras de proteção individual.

Também evitar o contato com outras pessoas enquanto estamos com algum sintoma e, principalmente, com aquelas com maior risco de desenvolver doença grave, como idosos e imunossuprimidos.

Sempre procurar um médico e realizar um diagnóstico laboratorial, pois existem várias doenças com sintomas semelhantes e os cuidados podem ser diferentes, a depender do diagnóstico.

Teste de Covid-19: qual é a importância de fazer o exame?

O exame laboratorial recomendado para o diagnóstico de covid-19 é realizado pela coleta da nasofaringe (swab inserido pela narina). O principal teste é o RTPCR, mas o teste de antígeno também é bastante útil, apesar de ter sensibilidade mais baixa (o que significa que ele pode ser negativo com mais frequência que o RT-PCR em pessoas que estão com a doença).

É importante realizar esse tipo de exame em um laboratório, pois o resultado positivo requer isolamento por pelo menos 7 dias, além de auxiliar no acompanhamento de contactantes que possam ter contraído o vírus.

Além disso, a confirmação laboratorial permite à saúde pública acompanhar a dinâmica da pandemia, tomando as medidas necessárias para contenção de surtos.

Onde fazer o teste de Covid-19?

Acesse a plataforma do Nav para escolher o laboratório Dasa mais próximo a você. Lá você encontra os horários e dias que melhor se adequam ao seu dia a dia, além de obter todas as informações dos exames de diagnóstico disponíveis.