Com a previsão de disponibilidade de vacinas, cresce a expectativa para o retorno aos nossos hábitos pré pandemia.

Previsão para o fim da pandemia ainda é incerto

A chegada das vacinas é certamente uma notícia alentadora que cria expectativas de um fim mais próximo. Entretanto, para derrotarmos a pandemia, é necessária uma combinação de fatores - e apesar de alguns fugirem ao nosso controle, temos como contribuir com pelo menos uma parte deles.

Um ponto crítico dessa pandemia é o colapso dos serviços de saúde, que vem ocorrendo por conta do elevado número de pessoas necessitando assistência médica simultaneamente, apesar do percentual de pessoas contaminadas que evoluem para doença grave ser baixo. Além disso, a contaminação dos profissionais de saúde também tem prejudicado a assistência, refletindo em tempo de afastamento longo e dificuldade para cobertura de todas as demandas.

Espera-se que a vacinação prioritária dos grupos de risco e profissionais de saúde tenha impacto primeiramente sobre essas questões. Entretanto isso não é suficiente para impedir o vírus de circular, para tal - assim como qualquer doença que seja prevenida por vacina - necessitamos de uma cobertura vacinal ampla: algo que ainda não temos previsão no Brasil.

Quando acabar a pandemia, ainda teremos que utilizar máscaras e evitar aglomerações?

É muito difícil prevermos como a situação atual vai evoluir. Levando como exemplo a Influenza, podemos supor que mesmo após finalizada a situação de pandemia e que as vacinas estejam disponíveis em calendário regular, poderão haver surtos sazonais e por distribuição geográfica, que provavelmente conduzirão as políticas a respeito do uso de máscaras e isolamento social.

Um aprendizado que deve persistir depois dessa pandemia são os cuidados que devemos ter quando adoecemos, quanto à exposição de outras pessoas. Mesmo não se tratando de COVID-19, muitos outros vírus tem comportamento benigno na maioria das pessoas e podem levar a quadros graves em idosos, imunodeprimidos ou pessoas mais suscetíveis.

Portanto, evitar convívio social na fase aguda das doenças é algo muito oportuno que deve permanecer. Outros hábitos de higiene como não compartilhamento de objetos e lavagem frequente de mãos ou uso de álcool gel também são benéficos para a saúde de uma maneira geral. Também vale reforçar: manter o calendário vacinal sempre atualizado.

O que é a nova variante de coronavírus?

A Dasa confirmou os dois primeiros casos no Brasil de uma nova variante do Coronavírus conhecida como variante do Reino Unido. A descoberta, inédita na América Latina, foi noticiada em mais de 300 matérias em diversos veículos, como Jornal Nacional, CNN, Globonews, O Estado de S. Paulo, entre muitos outros.

Por Doutora Annelise Correa Wengerkievicz Lopes