A Dasa confirmou os dois primeiros casos no Brasil de uma nova variante do Coronavírus conhecida como variante do Reino Unido. A descoberta, inédita na América Latina, foi noticiada em mais de 300 matérias em diversos veículos, como Jornal Nacional, CNN, Globonews, O Estado de S. Paulo, entre muitos outros.
Nosso time de especialistas da diretoria médica que liderou o estudo conta os detalhes desse marco na história da saúde brasileira nesse artigo.
Casos de uma nova cepa do coronavírus no Brasil
A Dasa confirmou os dois primeiros casos no Brasil de uma nova variante do coronavírus, que é de 50% a 74% mais contagiosa. A cepa B.1.1.7 do SARS-CoV-2 foi identificada em amostras de 2 pacientes que realizaram exames diagnósticos de RT-PCR salivar em laboratórios da Dasa no estado de São Paulo. As amostras foram enviadas para validação externa do Instituto Adolfo Lutz e para o laboratório de Virologia do Instituto de Medicina Tropical da FMUSP. E diante disso, a descoberta foi comunicada à imprensa e ao meio científico em 31 de dezembro de 2020.
A identificação da nova variante do coronavírus é um avanço importante no diagnóstico da doença e o teste de RT-PCR permanece como o exame mais eficiente para identificar a contaminação pelo vírus, como forma de impedir a propagação da doença. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que a mutação já representa mais de 50% dos novos casos diagnosticados em território inglês e está se espalhando rapidamente por países da Europa e outros continentes.
A primeira notificação foi feita pela Public Health England (PHE), em setembro, no condado de Kent, na Inglaterra. Para a OMS é comum um vírus apresentar uma nova versão, mas é preocupante para a saúde pública a capacidade deste de se espalhar pelo mundo. Em 4 de janeiro, a variante já estava presente em 24 países.
Em sua estrutura, o SARS-CoV-2 tem uma proteína chamada spike (S). Quando ela interage com um receptor das células humanas, chamado ACE2, abre caminho para que o vírus invada o nosso corpo e cause a COVID-19. Com a nova variante, identificamos que é mais forte esta relação entre a proteína S e o ACE2, facilitando a infecção e ampliando o potencial de contágio. Apesar da maior capacidade de transmissão, até o momento não há evidência científica de que a variante possa ser mais agressiva.
Como chegamos ao resultado?
A Dasa detectou um resultado de RT-PCR com algumas regiões do vírus detectadas, mas outra região não detectada, na amostra de saliva destes 2 pacientes. Esta combinação de resultados levou à suspeição de se tratar de uma mutação nesta região do genoma do vírus, que foi confirmada por sequenciamento genético.
Sobre a DASA
Líder em medicina diagnóstica no Brasil e na América Latina e quinta maior do setor no mundo, nós, da Dasa, sabemos de nossa importância para a saúde mundial e do nosso compromisso de oferecer precisão no diagnóstico. Passaremos a utilizar o novo teste, denominado TaqPath COVID-19, em uma escala muito maior e, provavelmente, novos casos serão identificados. Faremos o monitoramento em tempo real do comportamento desta variante aqui no Brasil e iremos gerar dados importantes para as autoridades de vigilância sanitária, seguindo assim nossa missão de contribuir com o avanço da ciência.
José Eduardo Levi: Coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento | Cristina Mendes de Oliveira: Especialista de Pesquisa e Desenvolvimento | Luciano Scarpelli: Coordenador de Biologia Molecular | Gustavo Campana: Diretor Médico