Há, neste momento, uma corrida na direção do relógio capaz de medir pressão arterial. Entenda em que estágio a tecnologia se encontra.

Nos EUA, em dezembro do ano passado, a FDA autorizou a venda do primeiro modelo. Não é barato — custa US$ 499, lá. Se chama Omron Healthcare, um relógio espesso, fabricado no Japão, que, para medir a pressão, exige que o usuário eleve o braço à altura do coração, pressione um botão e espere que a pulseira infle. Demora uns 30 segundos para tomar a medida.

O desafio não é pequeno. As artérias no pulso são mais finas, mais superficiais, do que aquelas no braço. Medidas tomadas ali tendem a ser mais altas.

Nos EUA, um de cada 3 adultos sofre de hipertensão, segundo a American Heart Association. No Brasil, a estimativa da Sociedade Brasileira de Cardiologia é de que pelo menos 30 milhões de pessoas sofram do mal. É uma doença muito comum que pode levar à morte, principalmente quando não diagnosticada.

As três pessoas que experimentaram o modelo japonês para o blog Medical Futurist encontraram resultados inconsistentes. Em um dos casos, quando comparado ao medidor comum, os números foram bastante próximos. Para outro usuário, as discrepâncias foram relevantes.

Não é o único modelo no mercado, embora nenhum outro tenha o selo da FDA. Na Amazon americana estão à venda pelo menos dez modelos diferentes, todos de marcas pouco conhecidas, chinesas. Todos abaixo de US$ 50, utilizam sensores óticos para tentar medir a pressão. A vantagem é que geram relógios menores. A desvantagem é que a tecnologia ainda está em desenvolvimento, fase de testes.

Outro modelo aguardado é o SoWatch, financiado coletivamente no site Kickstarter, ainda não lançado. A tecnologia é israelense e está sendo testado.

Tecnologia e Pressão arterial

É o santo graal dos relógios voltados para saúde. Poucas doenças cardiovasculares são tão comuns, mortais e, no entanto, inócuas caso o alerta venha a tempo de fazer algo. A medicação é simples. A tecnologia está para chegar. Será revolucionária.