A COVID-19 foi descoberta no final de 2019 em Wuhan, China. Desde então, a doença, declarada com pandemia, tem acometido progressivamente diferentes grupos populacionais em todo o mundo.

Entenda o que é a segunda onda de COVID-19 na Europa e o que podemos esperar dela no Brasil.

O que é a segunda onda da pandemia?

O termo “segunda onda da pandemia” diz respeito a novos surtos que podem ocorrer após um declínio inicial na taxa de contaminados pelo vírus.

Desde o início da pandemia, os virologistas já alertavam esse possível acontecimento e deixaram como recomendação manter os cuidados sugeridos pelos órgãos de saúde pública, mesmo que haja um achatamento na curva de infectados.

Segunda onda de coronavírus na Europa

A Europa foi severamente afetada em março e abril, atingindo a Itália, Espanha, França e depois o Reino Unido. Apesar da proximidade geográfica, com o passar dos meses, a pandemia tornou-se avassaladora em alguns países e em outros não houve grande impacto. Isso ocorreu, pois, cada país traçou uma estratégia diferente para controlar a infecção.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), alertou que o Coronavírus pode nunca desaparecer totalmente e também enfatizou os possíveis riscos se as pessoas se descuidarem e voltarem aos padrões de comportamento que prevaleciam antes das medidas de bloqueio serem implementadas.

Os países da Europa estão passando por uma segunda onda de contaminação por COVID-19 depois de desacelerar com sucesso os surtos no início do ano.

Alguns países, como Albânia, Bulgária, República Tcheca, Montenegro e Macedônia do Norte estão vendo números de casos ainda mais altos que o início do ano.

A França, Reino Unido, Polônia, Holanda e Espanha já começaram a tomar medidas para conter essa nova onda e evitar o número descontrolado de casos nos países.

Mesmo que aparentemente os números de infecção possam ser maiores, isso pode ser explicado pelo aumento dos testes, uma vez que muitos países não tinham capacidade para realizar testes em uma escala tão alta no início do ano.

Segunda onda menos mortal: por quê?

De acordo com a BBC News, e com um estudo do Instituto Estater, publicado pelo jornal Folha de S.Paulo, as mortes na Itália, atualmente, equivalem a menos de 1% das registradas no pico da doença.

O mesmo acontece na França, que hoje apresenta 1,4% do total de mortes registradas no auge da doença, na Alemanha, com 1,6% e na Espanha, onde as taxas estão mais elevadas, apresentando 4% das mortes registradas.

Os dados da Europa sugerem que as taxas de mortalidade estão mais baixas do que as registradas na primeira onda da pandemia.

Especialistas apostam que a segunda onda será menos mortal pelo fato de já possuirmos acesso a exames, que podem ser grandes auxiliadores na descoberta precoce da doença, permitindo iniciar o tratamento o mais rápido possível.

Saiba onde fazer teste de COVID-19 e qual é o exame mais confiável.

O Brasil chegou a passar pela segunda onda de COVID-19?

De acordo com o Fiocruz, muitos estados brasileiros ainda estão vivenciando a primeira onda de COVID-19. O número de novos casos semanais em alguns estados como Amapá, Maranhão, Ceará e Rio de Janeiro, voltou a subir, depois de atingir um pico e depois começar a cair novamente. Mesmo assim, é importante lembrar que o Brasil, até o momento, não conseguiu estabilizar o número de infectados, o que sugere que ainda estamos passando pela primeira fase da pandemia.

Segunda onda de coronavírus no Brasil e a flexibilização da quarentena

Por enquanto, não é possível saber quando a primeira onda do Coronavírus irá estabilizar e começar a sua redução. O Brasil é um país de dimensões continentais e suas regiões vivem diferentes momentos em relação a pandemia. Algumas regiões já vivem o momento de redução de caos e mortalidade enquanto outras localidades ainda permanecem com número crescente de casos.

Mesmo com a flexibilização da quarentena, é importante lembrar que as pessoas precisam fazer sua parte. As principais formas de disseminação do vírus são por meio de contato direto entre as pessoas e pela dispersão no ar.

Evitar lugares aglomerados como bares, baladas e praias, é essencial para as taxas continuarem caindo cada vez mais.

Saiba mais: Relação entre pulmão e COVID-19.

Referências:

https://www.timesnownews.com/international/article/covid-19-while-us-brazil-and-india-still-grapple-with-first-wave-europe-is-bracing-for-its-second-wave/628047

https://www.bbc.com/portuguese/internacional-54094088

https://portal.fiocruz.br/en/news/some-brazilian-states-may-be-facing-their-second-wave-sari

https://www.euronews.com/2020/10/05/is-europe-having-a-covid-19-second-wave-country-by-country-breakdown